Em dez anos de atuação na capital paulista, o Instituto Proa, com apoio do Senac, preparou cerca de 3,9 mil jovens para o mercado de trabalho. Segundo a organização não governamental, 85% dos estudantes que passam pelos seis meses de programa conseguem a tão sonhada vaga de trabalho.
Além de disciplinas técnicas, como matemática, informática e práticas administrativas, a formação busca ampliar o repertório dos adolescentes e promover mudanças comportamentais. “A gente foca muito no indivíduo no ser humano, em mudar comportamento, valores e autoestima”, disse o diretor do instituto, Rodrigo Dib.
As inscrições para o próximo semestre estão abertas até maio para estudantes do 3º ano do ensino médio, entre 17 e 19 anos, matriculados em escola pública e com renda familiar de até 1,5 salário mínimo. Para conseguir uma das 320 vagas os jovens têm de passar por um processo seletivo. Os jovens interessados no curso devem se inscrever no site do portal (acesse aqui).
Formação ampla
As aulas acontecem todos os dias, durante seis horas. A formação técnica, no entanto, é, segundo Dib, a parte menos importante do processo. “O retorno que temos do próprio mercado de trabalho é que o mais importante são os aspectos comportamentais a serem trabalhados com os jovens. Aqui vemos que, muito mais do que um curso técnico, quando a gente consegue ter essa mudança de comportamento, deles entenderem o mundo ao seu redor, construir projeto de vida, a gente consegue uma taxa de sucesso bem assertiva”, afirmou.
A ideia é fazer com que os adolescentes consigam medir o próprio potencial e elaborar objetivos a partir disso. “O que vemos é que existe uma grande lacuna entre o ensino público e o mundo real, o mercado de trabalho e o mundo corporativo”, acrescentou o diretor da ONG sobre as carências que o programa busca suprir.